sábado, 16 de março de 2013

NÃO LUTE CONTRA NADA

"Consuma a mudança através da mudança" significa que, por exemplo, mesmo que exista apego, não lute contra ele. Esteja apegado, mas seja uma testemunha também. Deixe o apego estar presente; não lute com ele. O tantra é um processo de não-luta. Não lute! A frustração chegará, naturalmente; assim, fique frustrado. Mas seja uma testemunha também. Você estava apegado e você era uma testemunha. Agora a frustração chegou e você sabia que ela tinha que chegar. Agora esteja frustrado, mas seja uma testemunha. Então, através do apego, o apego é consumido e através da frustração, a frustração é consumida. Tente isto quando você se sentir miserável. Seja miserável; não lute contra. Tente isso; é maravilhoso. Quando existir miséria e você se sentir miserável, feche suas portas e seja miserável. Agora o que você pode fazer? Você é miserável. Agora seja totalmente miserável. De repente você se tornará consciente da miséria. E se você tentar mudá-la, você nunca se tornará consciente, porque seu esforço, sua energia, sua consciência é dirigida em direção à mudança, em direção a comomudar essa miséria. Então você começa a pensar sobre como ela veio e o que fazer, agora, para mudá-la. Então você está perdendo uma experiência muito bela – a própria miséria. Agora você está pensando sobre as causas, e você está pensando sobre as consequências, e você está pensando sobre métodos para esquecê-la, para ir para além dela, e você está perdendo a própria miséria, e a miséria está presente e ela pode ser liberadora. Simplesmente não faça nada. Não analise como a miséria écriada; não pense sobre que conseqüências se seguirão. Elas virão; então, você poderá ver mais tarde. Não há pressa. Seja miserável, simplesmente miserável e não tente mudar isso. Tente isso. Veja por quantos minutos você pode permanecer miserável. Você começará a rir da coisa toda; a coisa toda parecerá estúpida porque se você étotalmente miserável, de repente seu centro está além da miséria. Esse centro nunca pode ser miserável, é impossível! Se você permanecer com a miséria, a misériase torna um pano de fundo e seu centro que nunca é miserável de repente se ergue; e então você é miserável e você não é miserável: o "igual não-igual". Agora você está consumindo a miséria através da miséria. Este que é o significado. Você não está fazendo nada; você está simplesmente consumindo a miséria através da miséria. A miséria desaparecerá como as nuvens desaparecem; e o céu estará aberto e você estará rindo e você não fez nada. E você não pode fazer nada: tudo oque você puder fazer criará mais confusão e mais miséria. Quem criou essa miséria? Você, e agora você está tentando mudá-la. Isso será pior. Você é o criador da miséria. Você a criou, você é a fonte e agora a própria fonte está tentando... O que você pode fazer? Agora o próprio paciente está se tratando e ele criou a coisa toda! Agora ele está pensando em cirurgia. Isso é suicídio. Não faça nada. O interior é muito profundo. Você tentou tantas vezes parar a miséria, parar a depressão, parar isso e aquilo e nada aconteceu. Agoratente isto: não faça nada; permita a miséria estar presente em sua totalidade. Permita-a acontecer em sua total intensidade e permaneça no não-fazer. Apenas esteja com ela e veja o que acontece. Vida é mudança. Mesmo o Himalaia está mudando; assim, sua miséria não pode permanecer imutável. Ela mudará por si mesma e você verá que ela está mudando - que ela está desaparecendo e está indo embora e você se sentirá descarregado e você não fez nada. Uma vez que você saiba o segredo, você pode consumir qualquer coisa em si mesma, mas o segredo é ser silencioso, sem fazer nada. A raiva está presente, assim seja, apenas seja. Não faça nada. Se você puder fazer este tanto, este “não-fazer”, se você puder apenas estar presente - presente, testemunhando, mas sem fazer esforço para mudar alguma coisa, permitindo as coisas terem seu próprio jeito - você consumirá qualquer coisa. Você pode consumir qualquer coisa

MEDO DE MUDANÇA

Sinto-me só, o que é bom, mas estou confuso. Não sei o que está acontecendo. As coisas estão mudando por dentro de mim, então às vezes, fico assustado, às vezes há um sentimento flutuante. Isso é natural. Sempre que você se sentir assustado, apenas relaxe. Aceite o fato de que o medo está lá, mas não faça nada com ele. Ignore-o, não lhe dê atenção. Observe o corpo. Não devia haver nenhuma tensão nele. Se não houver nenhuma tensão no corpo, o medo desaparece automaticamente. O medo cria certo estado de tensão no corpo, para ficar enraizado nele. Se o corpo estiver relaxado, medo está fadado a desaparecer. Uma pessoa relaxada não pode ser medrosa. Você não pode assustar uma pessoa relaxada. Mesmo que surja o medo, ele virá como uma onda... Não criará raízes. O medo chegando e indo como ondas e você permanecendo intocado por ele, é belo. Quando ele cria raízes em você e começa a crescer em você, então se torna um crescimento, um crescimento canceroso. Assim deforma seu organismo interior. Portanto, sempre que você se sentir temeroso, uma coisa para olhar é que o corpo não deve ficar tenso. Deite-se no chão e relaxe – relaxamento é o antídoto para o medo – e ele irá chegar e passar. Você simplesmente observa. Esse observar não deve ser de interesse – indiferente. A pessoa apenas aceita que está ok. O dia está quente, o que você pode fazer? O corpo está transpirando... É preciso passar por isso. A noite está próxima e uma brisa fresca estará soprando... Então apenas observe isso e fique relaxado. Uma vez que você pega o jeito disso e você logo terá isso – que se você está relaxado, o medo não pode grudar em você, ele vem e passa e lhe deixa tranquilo – assim você tem a chave. E ele virá. Ele virá porque quanto mais mudamos, mais medo virá. Toda mudança gera medo, porque toda mudança está lhe pondo no desconhecido, num mundo estranho. Se nada mudar e tudo permanecer estático, você nunca terá medo algum. Isso significa, se tudo estiver morto, você não ficará amedrontado. Por exemplo, você está sentado e existe uma rocha ao lado. Não há nenhum problema: você olha para a rocha e está tudo bem. De repente a rocha começa a se mover; você fica assustado. Vivo! Movimento gera medo; e se tudo estiver parado, não há nenhum medo. Eis porque pessoas, com medo de cair em situações temerosas, arranjam uma vida sem mudanças. Tudo permanece na mesma e a pessoa segue uma rotina morta, Completamente esquecida de que a vida é um fluxo. Ela permanece numa ilha própria onde nada muda. A mesma sala, as mesmas fotografias, a mesma mobília, a mesma casa, os mesmos hábitos, as mesmas camas – tudo na mesma. O mesmo maço de cigarros; você não gostará nem mesmo de uma marca diferente. Entre isso, no meio dessa mesmice, a pessoa se sente à vontade. As pessoas vivem quase que em seus túmulos. O que você chama de uma vida conveniente e confortável não é nada senão um túmulo disfarçado. Então quando você começa a mudar, quando você começa na jornada do espaço interior, quando você se torna um astronauta do espaço interior, e tudo está mudando tão ligeiro, cada momento tremendo de medo. Desse modo, mais e mais medo precisa ser enfrentado. Deixe o medo estar lá. Pouco a pouco você começará a desfrutar tanto das mudanças que você estará preparado a qualquer custo. Mudanças irão lhe dar vitalidade... Mais vivacidade, alegria, energia. Então você não será como um poço – encerrado por todos os lados, estático. Você se tornará como um rio correndo em direção ao desconhecido, em direção ao oceano onde desaparece.

MUDE A SI MESMO E MUDE O MUNDO

Todo mundo nasceu como um indivíduo único, mas, quando ficou maduro o suficiente para participar da vida, o sujeito já se tornou uma multidão. A maioria das pessoas, no entanto, não está consciente disso. Se você simplesmente se sentar em silêncio e ouvir sua mente, descobrirá muitas vozes. Você ficará surpreso ao perceber que consegue reconhecer essas vozes muito bem. Uma delas é do seu avô, outra é da sua avó, outra é do seu pai, outra é da sua mãe. Outras vozes são do sacerdote, do professor, dos vizinhos, dos amigos, dos inimigos. Todas essas vozes estão misturadas numa multidão no seu íntimo e, se você quiser descobrir a sua própria voz, vai ver que é quase impossível; a multidão é grande demais. Na verdade, você se esqueceu da sua voz há muito tempo. Nunca teve liberdade para expressar as suas opiniões. Você foi ensinado a ser obediente, foi ensinado a dizer sim para tudo o que os mais velhos estavam lhe dizendo. Ensinaram-lhe que você tem de seguir qualquer coisa que os seus professores ou os seus sacerdotes estiverem fazendo. Ninguém jamais lhe disse para buscar a sua própria voz; ninguém jamais lhe perguntou, "Você tem a sua própria voz ou não?" Por isso a sua voz continuou muito baixa e as outras vozes são muito altas, muito autoritárias, pois elas eram ordens e você as seguiu — a despeito de si mesmo. Você não tinha intenção de segui-las, conseguia perceber que não era certo. Mas é preciso ser obediente para ser respeitado, para ser aceito, para ser amado. Naturalmente, só uma voz está faltando dentro de você; só uma pessoa está faltando dentro de você: você mesmo. Tirando você, existe uma multidão inteira aí. E essa multidão está constantemente deixando você maluco, pois uma voz diz, "Faça isto"; e outra diz, "Nunca faça isto! Não ouça essa voz!" E você fica dividido. Essa multidão precisa ser contida. Essa multidão precisa ouvir, "Agora, por favor, me deixem em paz!" As pessoas que foram viver nas montanhas ou reclusas na floresta não estavam na verdade abandonando a sociedade; elas estavam tentando encontrar um lugar onde pudessem dispersar essa multidão interior. E essas pessoas que conseguiram encontrar um lugar dentro de você obviamente relutam em sair. Se você quer, porém, se tornar um indivíduo por seus próprios méritos, se quer se livrar desse eterno conflito e dessa confusão dentro de você, então precisa dizer adeus a essas vozes — mesmo que elas pertençam ao seu respeitável pai, à sua mãe, ao seu avô. Não importa a quem elas pertençam. Uma coisa é certa: essas vozes não são suas. São vozes de pessoas que viveram em seu próprio tempo, e elas não tinham ideia de como seria o futuro. Elas passaram aos filhos suas próprias experiências, e essas experiências não vão combinar com um futuro desconhecido. Elas acham que estão ajudando os filhos a ficarem informados, a serem espertos, para que a vida deles possa ser mais fácil e mais confortável, mas elas não estão fazendo a coisa certa. Com todas as boas intenções do mundo, elas destroem a espontaneidade dos filhos, a consciência deles, a capacidade que eles têm de se sustentar sobre as próprias pernas e responder ao novo futuro do qual seus ancestrais não faziam ideia. Cada criança enfrentará novas tempestades, vai enfrentar novas situações, e ela precisa de uma consciência totalmente nova para responder. Só assim a sua resposta vai ser frutífera; só assim ela poderá ter uma vida vitoriosa, uma vida que não seja um longo e tedioso desespero, mas uma dança a cada momento, que se torna mais e mais profunda até o último suspiro. A pessoa entra na morte dançando, e alegremente. Fique em silêncio e encontre o seu próprio eu. A menos que você encontre o seu próprio eu, será muito difícil dispersar a multidão, pois todos nessa multidão estão fingindo, "Eu sou o seu eu!" e você não tem como concordar ou discordar. Por isso não provoque nenhuma briga com essa multidão. Deixe que briguem entre si — essas vozes sabem muito bem como brigar entre elas.Enquanto isso, tente se encontrar. E depois que souber quem é, você pode simplesmente mandar que saiam da sua casa — é na verdade simples assim! Mas primeiro você tem que se descobrir. Quando você está presente, o senhor também está. O dono da casa está presente e todas essas pessoas, que estão fingindo que são os senhores, começam a se dispersar. A pessoa que é ela mesma, que se livrou do fardo do passado, que não tem compromisso com o passado, que é original, forte como um leão e inocente como uma criança, pode alcançar as estrelas, ou ir até além delas; seu futuro é dourado. Até o dia de hoje, as pessoas têm falado do passado dourado. Temos que aprender a linguagem do futuro dourado. Você não precisa mudar o mundo inteiro; se mudar simplesmente a si mesmo você terá começado a mudar o mundo todo, pois você faz parte dele. Se um único ser humano mudar, essa mudança irradiará para milhares e milhares de outros seres humanos. Você se tornará um gatilho para uma revolução, que pode fazer surgir um ser humano completamente novo. Célio José Bighetti – Psicoterapeuta Holístico e Instrutor de Meditação

domingo, 10 de março de 2013

ESTEJA ATENTO AO MOMENTO

Sempre que ocorre uma mudança, qualquer tipo de mudança, as coisas ficam mais nítidas. Quando a mudança incomoda você, todas as suas perturbações interiores vêm à tona. Quando vocês dois estão se sentindo perturbados, e ambos estão tentando jogar a responsabilidade nos ombros do outro, tente ver o que está acontecendo. Tente ver dentro de você; o outro nunca é responsável. Lembre-se disso como um mantra: o outro nunca é responsável. Só observe, nada mais do que isso. E se você for sábio no momento. não haverá nenhum problema. Todo mundo só se torna sábio depois que o momento passou, e a sabedoria retrospectiva não vale nada. Se você está acusando a outra pessoa, precisa tomar consciência nesse exato momento, e deixar que essa consciência funcione. Imediatamente você descartará essa acusação. Mas, se você já fez tudo — brigou, resmungou, reclamou — e depois recuperou a sabedoria e viu que nada daquilo fez sentido, é tarde demais. Não adianta mais, o leite já foi derramado. Essa sabedoria é apenas uma pseudossabedoria. Ela dá a você a sensação de que compreendeu. Esse é um truque do ego. Essa sabedoria não vai ajudar em nada. Quando estiver fazendo alguma coisa, nesse exato momento, simultaneamente, a consciência precisa despertar para que você veja que isso é inútil. Se você conseguir ver isso no momento exato, não conseguirá ir adiante. A pessoa nunca vai contra a própria consciência, e se for, isso é sinal de que essa consciência não é consciência coisa nenhuma. Trata-se de outra coisa. Então, lembre-se, o outro nunca é responsável por nada. Trata-se de algo fervendo dentro de você. E é claro que a pessoa que ama está próxima a você. Você não pode jogar a culpa num estranho que passe por você na rua. por isso a pessoa mais próxima torna-se o alvo para o qual você dirige todas as suas insensatezes. Mas isso precisa ser evitado, porque o amor é muito frágil. Se você exagerar, se for além da conta, o amor pode acabar. O outro nunca é responsável. Tente fazer disso um estado permanente de consciência em você: sempre que começar a ver algo errado na outra pessoa, lembre-se. Sempre que se pegar em flagrante, você vai se lembrar de que o outro não é responsável. Célio José Bighetti –– Psicoterapeuta Holístico, Instrutor de Meditação

TRÁUMAS DO NASCIMENTO

Se o nascimento foi muito doloroso fisicamente, as memórias podem aflorar como lembretes constantes na forma de um funcionamento inadequado de certos órgãos ou sistemas. Uma memória comum que muitas pessoas têm é a da falta de ar. Se o cordão umbilical foi cortado muito cedo, antes que os pulmões fossem capazes de se expandir aos poucos, respirar pela primeira vez pode ser muito doloroso. Quando o cordão umbilical – a linha da vida original por meio de que toda respiração ocorre – é avariado, a criancinha experimenta uma sensação de sufocamento, que é muito traumática. Para sobreviver, ela deve respirar, mas por vezes a criança, em pânico, se sente obrigada a se valer dos pulmões demasiado rápido ou excessivamente. A respiração, portanto, provavelmente estará ligada à experiência da dor e às experiências próximas da morte. A memória dessa primeira respiração pode levar a um enrijecimento dos músculos respiratórios ao longo de toda a vida. A não ser que essa memória seja liberada, ela sempre impedirá que a respiração seja totalmente relaxada. Existem muitos exemplos das reações duradouras no sistema nervoso transmitidas por diversos tipos de nascimento. Um nascimento demorado, não raro leva a uma reação do sistema simpático na criança. Se, em decorrência do seu trauma, a mãe não está em sintonia com os sinais hormonais da criança,, ou se está tensa demais para estar aberta a eles, a criança achará o seu caminho através do canal do nascimento penoso e longo. A reação parassimpática frequentemente se liga a uma experiência próxima da morte, tal como o nascimento quando a criança está sentada no útero, quando o cordão umbilical pode estrangular a criança ou quando a mãe se acha totalmente sedada por meio de drogas durante o parto. A criança pode ter necessitado de estímulos para dar início à respiração e as funções do corpo. A reação parassimpática ocorre num nível energético baixo, e dá origem a uma criança por vezes calma, que nada exige, passiva, que raramente chora. Essa criança costuma ser estimulada pelos pais e pelos outros adultos, de vez que poucos compreendem que o seu bom comportamento¨ .pode ser causado pelo trauma do nascimento que ainda exerce um impacto assoberbante e um efeito tranqüilizador sobre a criança. Quando se torna adulta, a pessoa parassimpática é muitas vezes zelosa, passiva, pessimista, conservadora e apresenta baixa autoestima. Essa pessoa muitas vezes se queixa do futuro sem compreender que isso é causado pelas memórias do passado. A memória de um trauma do nascimento é amiúde expressa posteriormente nos padrões do comportamento que refletem o nascimento: uma tendência para sempre estar atrasado ou para chegar antes do horário, para evitar ir para a cama ´`a noite ou para sair da cama de manhã, para protelar as decisões, ou a incapacidade de tomar decisões. Para essas pessoas, acontecimentos simples do cotidiano tais como, por exemplo, o engarrafamento no tráfego, podem forçá-las a arriscarem as próprias vidas, bem como as dos outros, guiando perigosamente, a fim de se livrarem da sensação de estarem presas. O barulho excessivo, a música alta ou o total silêncio podem até mesmo fazer com que essas pessoas se sintam tensas. Infelizmente, essa conduta frequentemente é perdoada como algo que faz parte da personalidade da pessoa, e raramente é relacionada com a sua provável origem. È possível dar muitos exemplos dos diversos efeitos do nascimento sobre o comportamento dos adultos. Uma criança que nasceu com a ajuda do fórceps por vezes tende a ser animada inicialmente nas situações corriqueiras, porem, posteriormente, depende dos outros para a fase final dessas situações , que envolvem algum tipo de complicações quanto a mobilizar a energia para dar inicio a novos projetos na vida, e com freqüência perde a concentração nas tarefas que empreende. Se um nascimento é provocado, o adulto pode não gostar de ser ¨forçado a se envolver com determinadas situações”, prematuramente. Os padrões relacionados com os nascimentos por meio de cesariana podem verdadeiramente ser divididos em operações planejadas e em operações de emergência. Uma operação planejada é significativa porque toda a fase que envolve a luta para se abandonar o útero é evitado, o que deixa uma memória do nascimento totalmente isenta de traumas. No caso de uma operação de emergência, a criança passou por uma intensa luta contra a morte, e por vezes fica com lembranças mais chocantes do que é habitual, e tenderá a agir de modo exagerado e inexplicável em certas situações. Numa fase secundária, as memórias do nascimento podem levar concebivelmente a asma, a uma tosse constante, a certa pressão na cabeça ou nos ombros, a complicações estomacais, a palpitações, a um cansaço crônico, à tontura e à náusea. A síndrome pré-menstrual também pode estar relacionada dom as mudanças ciclicas´de hormônio estimuladas pelas memórias do nascimento; a ansiedade intensificada, a irritabilidade, a depressão e a raiva, etc,etc, são sintomas e reminiscências da série de emoções no nascimento. Leonard Orr Célio José Bighetti – Psicoterapeuta Holístico e Instrutor de Meditação

A ARTE DA GRATA ACEITAÇÃO

A ARTE DA GRATA ACEITAÇÃO Uma vida que não conhece a tristeza, as lágrimas, permanece pobre. A vida precisa conhecer uma variedade enorme de experiências para tornar-se rica. Quanto mais você conhecer diferentes aspectos da existência e ainda assim continuar inteiro e centrado, mais a sua vida se enriquecerá a cada momento, a cada dia .Olhe sempre para a vida como um processo dialético. Nesta vida, a noite traz o dia. Nesta vida, a morte traz uma nova vida. Nesta vida, a tristeza traz uma nova alegria. Nesta vida, o vazio traz um novo preenchimento. Tudo está em conexão... tudo é parte de um todo orgânico. Nós criamos os problemas por dividir as coisas. Aprenda a arte de não dividir, e simplesmente continue alerta, vigilante, apreciando o que quer que a vida lhe proporcione. Apenas lembre-se de uma coisa: aceitar tudo que a vida lhe dá. Se ela lhe dá escuridão, aprecie isso, dance sob as estrelas da noite escura, lembrando-se de que cada noite não é nada mais do que o útero para um novo alvorecer, e que cada dia irá novamente descansar na escuridão da noite. Quando é outono e as árvores ficam nuas e todas suas folhas caem, observe as velhas folhas voando ao vento, quase dançando. E as árvores, nuas, têm a sua própria beleza em contraste com o céu; mas elas não irão continuar nuas para sempre. As velhas folhas tiveram que cair apenas parta dar lugar às novas folhas, às novas flores. A existência continua a renovar a si mesma a todo momento. Você deveria manter-se sintonizado com a existência; nunca peça por nada diferente. Esta é a raiz básica da miséria: quando é noite, você chora pelo dia; quando é dia, você chora pelo repouso da noite. Então a vida torna-se uma miséria, um inferno. Você pode torná-la um paraíso apenas por aceitar o que quer que lhe seja dado, com um coração agradecido. Não julgue se é bom ou mau. Sua gratidão transformará tudo em uma bela experiência, aprofundará sua consciência, elevará o seu amor e fará de você uma bela flor com muita fragrância. Aprenda apenas a arte de uma grata aceitação. Buda chamava a isso de filosofia do assim é; não importa o que for, aceite isso como a própria natureza da realidade. Nem mesmo imagine ir contra. Nunca vá contra a corrente; apenas siga o rio onde quer que ele o leve. Célio José Bighetti – (Sw. Dharma Grahi) – Psicoterapeuta Holístico e Instrutor de Meditação.