sexta-feira, 2 de outubro de 2009

CONSCIÊNCIA

A sociedade está continuamente lhe dizendo o que está certo e o que está errado. Chamam a isso de consciência. Ela se fixa, fica implantada em você.. E você fica repetindo isso. Mas isso não tem valor, não é verdadeiro. O que é verdadeiro é sua própria consciência. Ela não traz respostas predefinidas sobre o que está certo e o que está errado. Mas, instantaneamente, em qualquer situação que surgir, ela lhe traz a luz, e você entende imediatamente o que deve ser feito.

A sociedade colocou dentro de você as idéias dela, que funcionam como se fossem a sua consciência. Mas, na verdade, não permitem que sua verdadeira consciência se manifeste, não permitem que sua própria consciência surja e tome conta da sua vida.
A sociedade é extremamente política. Do lado de fora, colocou de guarda, policiais e juízes. Do lado de dentro, colocou de guarda a consciência. Esse é o policial, o juiz interior. E, não estando ainda satisfeita com esse esquema, colocou de guarda, acima de tudo, um Deus, o superpolicial, o tribunal superior. Ele está vigiando tudo, em toda parte: mesmo quando você está no banheiro, ele o está vigiando. Alguém o segue continuamente, você nunca está sozinho para ser você mesmo.
Ao andar, ao sair para uma caminhada matinal, de certa forma você está em movimento e de certa forma não está. Seu corpo se move, sua mente se move, mas sua consciência é a mesma. Você foi uma criança, tornou-se um jovem, depois ficará velho. Tudo se moveu e, ainda assim, nada se moveu: sua consciência permanece a mesma.
Por isso, se você não tiver registros, se não tiver uma certidão de nascimento, se não tiver um calendário, fica difícil julgar sua idade. Se fechar seus olhos e tentar descobrir qual é a sua idade, você não conseguirá.
Digamos que lhe mostrem um retrato, ou uma série de retratos: você não irá acreditar que “aquele” é você. Você acha que consegue se reconhecer, no primeiro dia, no útero de sua mãe? Naquele momento você era apenas um ponto, invisível ao olho nu: era preciso um microscópio para vê-lo. Ainda assim, todas essas mudanças são secundárias. No centro, você continua o mesmo. Nada mudou, nada nunca muda.
Observe quando você sair para sua próxima caminhada: o corpo se move, mas algo em você permanece constante.

OSHO – de A a Z
Um dicionário espiritual do aqui e agora

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